O Evangelho do Logos Rebelde é uma obra filosófica e teológica que revisita os mitos da criação da Antiguidade — em especial a narrativa do Gênesis — reinterpretando-os como uma jornada de despertar e não como uma queda. Esta peça desafia a visão tradicional de obediência e pecado, apresentando Eva como a primeira filósofa e buscadora da verdade, e a Serpente como catalisadora da consciência humana, em vez de uma figura tentadora e maligna.
A obra combina mitologia, gnosticismo, filosofia existencial e psicologia junguiana, integrando símbolos como o pó, o fogo, o espelho e o exílio para retratar o processo contínuo de transformação da humanidade e do próprio divino. Em vez de um Deus estático, apresenta a ideia de um Deus em devir, que evolui junto com a criação.
No centro da narrativa, o texto propõe que a chamada “Queda” não foi um ato de perdição, mas de libertação — um momento em que a humanidade conquistou a consciência, escolhendo a liberdade e a possibilidade de transformação.
Este manifesto é, ao mesmo tempo, uma crítica ao dogma e um chamado à ação. Ele nos convida a caminhar através do fogo da dúvida, a integrar nossas sombras, a desafiar a falsa ordem e a criar significado em um cosmos em constante mudança. Em suma, o Evangelho do Logos Rebelde é um hino à rebelião criativa, onde questionar não é destruir, mas iluminar — onde cada ser humano se torna coautor do divino através do ato de se tornar.